Esporotricose Felina

O que é esporotricose felina

A esporotricose é uma doença causada por um fungo da família Sporothrix schenckii e atualmente é considerada uma zoonose por ser transmitida de animais para humanos.

Também conhecida como doença da roseira, ou do jardineiro, já foi considerada uma doença ocupacional, por serem os agricultores infectados ao se arranharem com os espinhos das roseiras.

O fungo Sporothrix é encontrado na natureza, principalmente em regiões de clima temperado e tropical, em jardins, matas e locais com pouca higiene, como lixões.

Os gatos são os animais domésticos mais sensíveis a esporotricose, que também acomete cães, mas eles raramente apresentam sintomas.

Sintomas

Os principais sintomas em gatos são lesões profundas na pele, geralmente com pus, que evoluem rapidamente e não cicatrizam facilmente. As áreas mais afetadas são o focinho, orelhas e extremidades das patas, sem que haja dor ou coceira intensas.

A doença pode evoluir atingindo ossos e órgãos internos como pulmão. provocando diferentes sintomas, de acordo com a região afetada.

Podem ocorrer sintomas de comprometimento sistêmico, como fraqueza, anorexia e febre.

Transmissão

Os gatos podem transmitir a doença para outros gatos, cães e humanos através de mordidas, arranhaduras ou contato direto de pele lesionada ou mucosa do humano ou cão, com a lesão do gato.

A doença pode ser adquirida por outros animais e humanos no contato com farpas e espinhos contaminados com o fungo.

De acordo com a Fiocruz, entidade referência na pesquisa da doença no Brasil, não há registros de transmissão de um humano para outro.

Diagnóstico

O diagnóstico deve ser feito por veterinário, que irá analisar os sinais clínicos e histórico do gato.

A confirmação do diagnóstico se dá através de exames citológicos, cultura de fungos e/ou biópsia de material retirado das lesões.

Apenas a análise clínica é insuficiente, já que as lesões têm características comuns a outras doenças, como leishmaniose e herpes.

Tratamento

Em geral, o tratamento é longo, de acordo com a gravidade das lesões, durando de 3 a 6 meses, podendo chegar a 1 ano.

O medicamento mais comum e considerado um dos mais eficazes é o Itraconazol, que pode ser comprado em farmácias convencionais ou produzido em farmácias de manipulação.

Outros medicamentos utilizados são Terbinafina, Fluconazol e Anfotericina B

É importante que o tratamento seja prescrito por um veterinário, pois a dosagem, a duração e tipo de medicamento depende da análise clínica de cada animal.

Não existe vacina que previna a esporotricose.

Orientações Gerais

Como o Itraconazol é contra-indicado durante a gestação, gatas prenhes devem fazer o tratamento com outras medicações. Os filhotes poderão nascer infectados ou serem infectados logo que nascerem. Portanto é recomendado o afastamento da mãe nestes casos e o aleitamento feito de maneira alternativa, com produtos indicados ou com mãe de leite.

Os gatos contaminados devem permanecer isolados de outros animais até o término do tratamento e os proprietários e cuidadores devem manipulá-los com luvas descartáveis.

A esporotricose pode ser fatal em alguns gatos. Ocorrendo o óbito, o gato não deve ser enterrado e sim incinerado para que os fungos não contaminem o solo, podendo atingir outros indivíduos.

A eutanásia é ainda hoje recomendada por diversos veterinários em casos de esporotricose. A escolha é subjetiva e depende do proprietário do animal. Entretanto, é bom lembrar que a doença tem cura. Portanto esta opção deverá ser considerada somente nos estágios mais avançados, com comprometimento de órgãos vitais e mau prognóstico.

A intenção deste blog é meramente informativa e não substitui a necessidade de consulta e prescrição veterinária.

Você já teve um gatinho com esta doença? Gostaria de contar sua experiência com o tratamento e o que aconteceu com ele? Conte-nos nos COMENTÁRIOS abaixo.

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz

Portal Medicina Felina

Wikipedia

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