Saúde
O que é FELV em Gatos – leucemia felina
O que é FELV
FELV – sigla em inglês de Feline Leukemia Virus, em português Vírus da Leucemia Felina, é uma doença que acomete somente os felinos. É um tipo de câncer, descoberto na década de 1960 e ainda nos dias de hoje não tem cura em sua fase progressiva.
A FELV é causada por um retrovirus, conhecido atualmente como Gammaretrovírus. Além da leucemia, ele é capaz de provocar linfomas, anemias e imunodeficiência.
Sintomas da FELV
A variedade dos sintomas é muito ampla e irá depender de quais subtipos do retrovirus forem encontrados, e também da fase em que a doença estiver.
SUBTIPOS DO RETROVIRUS DA FELV
O Gammaretrovirus possui quatro subtipos de virus: A, B, C e T. Os subtipos B, C e T são mutações do A.
Subtipo A
presente em todos os gatos portadores do vírus, está associado a linfomas e leucemias.
Subtipo B
também associado a linfomas e leucemia, ocorre em 50% dos casos junto com o subtipo A.
Subtipo C
está associado à anemia crônica
Subtipo T
está associado à imunossupressão (queda do número de células de defesa, febre e diarreia).
FASES DA FELV
A FELV possui quatro fases distintas:
Abortiva
Nesta fase o gato foi exposto ao vírus, porém seu sistema imunológico foi capaz de combater sua multiplicação e até mesmo de expulsá-lo completamente de seu organismo.
Regressiva
Nesta fase, a multiplicação do vírus é limitada. O gato poderá apresentar resultado positivo para FELV nos exames mais abrangentes, mas ainda tem chances de eliminar completamente o vírus do organismo.
Latente
Nesta fase já existe uma quantidade moderada de vírus no organismo do gato e as chances que ele venha a desenvolver a doença são grandes.
Progressiva
Ao atingir esta fase, o gato não será mais capaz de expulsar o vírus do organismo e terá se tornado transmissor da doença, com grande possibilidade de desenvolvê-la.
Retornando à questão dos sintomas, podemos afirmar que alguns gatos passarão grandes períodos sem apresentar nenhum sintoma. Outros, todavia, apresentarão os sintomas das infecções secundárias, causadas pela baixa imunidade. Outros poderão apresentar sintomas neurológicos. Portanto, apesar de comuns a outras doenças, os principais sintomas são:
– perda de peso
– anemia
– apatia
– estomatites
– febre
– anorexia
Transmissão da FELV
A FELV acomete com maior frequência os gatos jovens (de 3 a 6 anos de vida), principalmente os não castrados e os que possuam acesso às ruas.
A FELV pode ser transmitida de um gato a outro através do contato com as secreções corporais e com o sangue. Gatas prenhes podem transmitir o vírus aos filhotes.
Não pode ser transmitida do felino a outras espécies, como humanos e cães.
Estima-se que o vírus possa se manter no ambiente por algumas horas. Desta forma, não se recomenda o uso compartilhado de caminhas, vasilhas e brinquedos entre gatos portadores do vírus e gatos saudáveis.
Diagnóstico da FELV
O teste mais simples e de menor custo para a FELV é o chamado ELISA. Em geral, ao ser testado para FELV, é feito também o teste para FIV. O resultado sai na hora, mas é passível de falso negativo, de acordo com o estágio da doença.
Existe também o teste de imunofluorescência direta, que pode ajudar, para confirmar ou não o resultado do ELISA.
Quando os testes acima apresentarem resultados contraditórios e o gato apresentar sintomas que levem a fortes suspeitas de FELV, como a presença de linfomas, por exemplo, recomenda-se o teste PCR, realizado em laboratório e mais confiável.
Tratamento da FELV
O tratamento básico consiste em medicamentos que possam aumentar o grau de imunidade para evitar ao máximo o aparecimento das doenças concomitantes.
É necessário, entretanto, tratar as doenças secundárias provocadas pela baixa imunidade do organismo do gato. Infecções serão tratadas com antibióticos, anemias graves poderão precisar de transfusão de sangue, assim como linfomas podem regredir consideravelmente com quimioterapia.
Prevenção da FELV
Existe vacina que previne a FELV, que deverá ser aplicada anualmente pelo veterinário. Esta é a forma mais eficaz de prevenção. Estima-se que os gatos vacinados possuam 95% de chances de não contraírem a doença.
A vacina não produz efeito em gatos já infectados.
Outras boas formas de prevenção consistem em não permitir o acesso às ruas aos gatos, não compartilhar caminhas, caixas de areia e brinquedos com gatinhos infectados e providenciar a castração.
A intenção deste blog é meramente informativa e não substitui a necessidade de consulta e prescrição veterinária
Fontes:
Petmd
Cachorrogato
Portal Medicina Felina
Foto Capa:
Photo by Alexandru Zdrobău on Unsplash
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